Produção de milho tem ajuste positivo mesmo em período de seca 

Apesar das reduções esperadas, perspectivas de área plantada compensam perdas

01/06/2022 às 20:10 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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À medida que a safra 2021/2022 de milho avança, a produção total caminha para uma robusta consolidação. De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira (1) pela StoneX, o volume de produção do cereal deve chegar a 116,8 milhões de toneladas, valor que representa um aumento de 0,3%.

Deste total, 26,4 milhões de toneladas representam a primeira safra (aumento de 0,5% no comparativo com o relatório de maio), que resultou de um ajuste positivo na produção baiana, que por sua vez, foi motivada por expectativas mais otimistas em relação à sua produtividade.

Segundo o analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes, apesar da colheita de milho já ter praticamente finalizado no Sul e no Sudeste brasileiro, outras regiões devem seguir em observação. “Ainda será importante acompanhar os trabalhos de campo em Minas Gerais e nas regiões Norte e Nordeste, onde o cereal ainda está sendo colhido e, portanto, a oferta está sujeita a alterações”, explica.

Em relação à segunda safra brasileira de milho, foi realizado um leve aumento de 0,2% na produção estimada em comparação com o número trazido no início de maio, passando de 88,1 para 88,3 milhões de toneladas. “Mesmo com as reduções na produtividade esperada em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, que apresentaram alguns problemas com seca nos últimos meses, as perspectivas mais positivas para o tamanho da área plantada no Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná mais que compensaram as recentes perdas de produtividade”, destaca.

Para a terceira safra 2021/22, a StoneX reduziu a estimativa de produção de 2,05 para 2,03 milhões de toneladas. A alteração resultou de um leve corte no cálculo de área plantada da Bahia, que atualmente está em 295 mil hectares.

Soja

De acordo com as projeções para a soja, não houveram ajustes pelo lado da demanda no balanço de oferta e demanda. Dessa forma, a estimativa para as exportações do grão permanecem em 40 milhões e o consumo doméstico em 75,5 milhões de toneladas. Em função do leve aumento na oferta, os estoques finais aumentaram de 9,87 para 10,19 milhões de toneladas, ainda considerado um cenário de estoques apertados.

Com informações da StoneX

Foto de capa: Wenderson Araujo/CNA-Senar


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